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Flexibilidade: A Chave Para Navegar nas Mudanças da Vida
O quão flexível você tem sido para as mudanças que a vida te apresenta?
Ah, a flexibilidade e a responsabilidade…
Essas duas palavrinhas sempre me pareceram um pouco contrárias.
Eu não sei pra você (porque somos seres, todos com diferentes capacidades de resiliência e potencialidades, né? Graças a Deus. rs)
Mas eu sempre me vi como alguém que diz: “Sou uma seguidora de regras.”
Tenho um amigo muito próximo, extremamente disruptivo, que trabalhou por anos ensinando marketing de diferenciação, Pedro Superti. Ele possivelmente teria uma crise me ouvindo falar isso. rs
Ovelhas negras que quebram os padrões.
Eu, apesar de acreditar que pode existir um "incrível mundo novo além da fronteira" já estabelecida, também acredito que se regras foram feitas, tem um motivo para isso.
Abrindo um pouco mais sobre mim, eu tenho uma parte minha bem rígida e detalhista. Por isso, inclusive, fui trabalhar com Perícia em um momento da minha vida. Era minha maneira, na época, de garantir que ordem e justiça existissem no mundo. rs
Mas não, não estamos em um tribunal aqui, e a vida exige muita flexibilidade em situações de mudança. E é sobre isso que quero falar hoje.
Resiliência Não Significa Rigidez
É muito fácil cairmos na armadilha de ficarmos rígidos e inflexíveis quando estamos muito focados em um resultado pré-estabelecido. Às vezes, ficamos tão apegados a um objetivo que esquecemos de nos adaptar no caminho.
E para falar sobre isso, vou pegar um conceito da física emprestado.
Você lembra das aulas de física da escola? Talvez sim, talvez não, mas vem junto comigo, vou explicar de uma forma bem simples, ok?
Resiliência é a capacidade de algo (ou alguém) de enfrentar situações extremas ou impactos intensos — como variações de temperatura, pressão ou forças externas — e ainda assim voltar ao seu estado original, manter sua integridade ou até mesmo melhorar após o impacto.
Repare que falei "voltar" e não "permanecer" no estado original.
Podemos sim dizer que uma das formas de tornar um material mais resistente é aumentando sua dureza. Isso ajuda o material a resistir melhor a impactos. Por exemplo, pense em um ferro: quanto mais duro ele for, mais difícil será cortá-lo. Faz sentido, né?
Porém, aumentar a dureza não é sempre a melhor solução. Pode até ser perigoso, em alguns casos. Se tentamos resistir pela dureza, muitas vezes, o material pode acabar quebrando.
E aqui eu gosto muito da analogia do Bambu!
A analogia do Bambu
Agora, vamos pra uma imagem bem legal: imagine uma árvore em meio a uma tempestade. Claro que, quanto mais forte e robusto for o tronco, as raízes e até as copas da árvore, mais difícil será derrubá-la, certo?
Mas, até as árvores mais fortes podem ser menos resistentes quando comparadas com um bambuzal em uma tempestade.
O bambu, embora não tenha a mesma dureza de uma árvore gigante, tem uma característica única: ele se adapta.
O bambu se curva com o vento, absorvendo a força da tempestade, mas não quebra. Ele é flexível e, por isso, resiliente.
Esse é o ponto principal: a resiliência não está em ser rígido, mas em ser capaz de se adaptar e seguir em frente, mesmo quando a pressão aumenta. Muitas vezes, a rigidez pode parecer uma solução, mas é a flexibilidade que nos mantém em pé — seja no mundo dos materiais ou da vida.
Voltando aos Materiais
Voltando aos materiais, podemos então até dizer que a dureza pode ajudar um material a ser resistente, mas essa é uma visão limitada.
Para que o material consiga de fato resistir a diferentes extremos de temperatura e pressão, também é importante considerar a ductibilidade, que é a capacidade de se esticar ou deformar sem quebrar. (Por exemplo, o cobre e o ouro podem ser moldados ou esticados).
E também a elasticidade, que é a capacidade de voltar à forma original após ser deformado. (Como a mola que, quando comprimida e esticada, volta ao seu estado original.)
Portanto, não basta apenas ser duro e resistente. Para ser verdadeiramente resiliente, um material precisa se adaptar, moldar e retornar ao seu estado original, sem perder sua integridade.
Assim também somos nós em nossos projetos profissionais.
Está estressante? Experimente trazer mais flexibilidade, mais elasticidade.
Gosto muito de pensar na sabedoria da natureza. Inclusive, esse exemplo do Bambu eu aprendi lendo o livro do meu cunhado Roberto Otsu, que indico MUITO! Chamado, a Sabedoria da Natureza.
Livro, a “Sabedoria da Natureza” de Roberto Otsu.
E nele, se eu não me engano o Otsu também traz a comparação com a água.
A água é um elemento que não briga com o obstáculo, ela contorna o obstáculo, e continua seguindo seu fluxo.
Que possamos ser como o Bambu, ou como a água, e entendermos que não é a rigidez que nos torna mais fortes e resilientes. E sim, a capacidade de nos adaptarmos sem perdermos a essência principal.
Quer um exemplo prático?
Este texto, dificilmente iria sair hoje.
Estou em meio a mudanças de casa e de cidade.
Com vários clientes em processo de acompanhamento e novos clientes chegando para o ano que vem.
Com um novo projeto nascendo, que contarei mais detalhes em breve…
Mas a proposta é que no começo do ano surja um Programa Renascer em grupo, já que muitas pessoas não têm condições financeiras de fechar o processo individual, e seguem precisando de suporte para entender:
Quem elas são…
Como podem viver um trabalho alinhado ao que sua alma está chamando nesse momento…
E assim obter a clareza dos seus próximos passos profissionais.
Me comprometi com vocês em sair um texto toda segunda-feira. E se eu tivesse ficado apegada ao horário inicial das 12:12 que coloquei pra mim no início, talvez tivesse gerado sofrimento.
Tive alguns imprevistos positivos no momento da manhã. Encontros que a vida nos proporciona.
E quando estava próximo ao momento do almoço, pensei: Ok, o que pode ser feito dentro da realidade que tenho?
E assim foi. Assim que terminei uma reunião por aqui, enviei o arquivo base de uma cliente que estava com prioridade na lista, em seguida vim para o texto.
E assim sempre seguiremos a vida. Comprometidos, sim, porém não apegados. Caso contrário, pode ter certeza, o sofrimento aparecerá.
Como já dizia Buda:
“O Apego é a Raiz de todo sofrimento”.
Tirando então o aprendizado de que preciso deixar espaço livre na agenda para os imprevistos, já inclusive mudei por aqui o horário de saída do texto para ficar fluído o processo.
E assim seguimos aprendendo juntos. (Já estou amando fazer isso aqui! rs Vi que vou rever muitos aprendizados pra mim.)
Como sempre na vida, o trabalho é ferramenta para nossa evolução enquanto seres humanos e espirituais que somos.
Agora, um lembrete. Em momentos de mudança, pode ser que apareça a resistência. E nesse momento, um exercício prático que tenho usado para fluir e desapegar, é dizer para mim mesma:
“Eu confio no fluxo da vida”.
“A vida sempre me traz presentes” ; “A vida sempre muda para melhor.”
É uma mera ilusão acharmos que nós controlamos algo.
Ah, o controle!
Essa é outra imagem que preciso constantemente desfazer e refazer em mim. E ainda podemos falar bastante sobre isso por aqui.
Por hoje, que a gente pode desapegar um pouco mais, das expectativas, das cobranças, do resultado, e se colocar na vida sendo o melhor que podemos ser.
Fluindo como a água, com resiliência como o Bambu.
Afinal, nós também somos Natureza. Observá-la tornará toda a vida mais leve.
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