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Por que você não faz o que diz que vai fazer?
O Segredo da Disciplina e da Constância (Que Ninguém Te Contou)

“Fios invisíveis nos controlam e enquanto não soubermos lidar com eles, continuaremos viver uma vida diferente do que queremos para nós.” (Fê Joenck)
Consistência. Constância. Disciplina.
Quantas vezes você já se cobrou essas palavrinhas?
Eu, Fernanda, muitas vezes.
Aliás, até pouco tempo atrás, estava me cobrando novamente.
Fui entender o que estava se passando dentro de mim, no meu diálogo interno.
Diálogos internos são frequentes em nosso dia a dia, mas raramente paramos para avaliá-los e aprender com essas conversas constantes.
Ah, isso é algo absolutamente presente em todos nós, seres humanos. Talvez você não tenha se dado conta, mas seus pensamentos estão conversando com você o tempo todo.
Os meus estavam gritando, e não conversando. kkk
Quero compartilhar hoje um pouco do que estava se passando no meu mundo, para que seja uma contribuição para o seu.
Bora?
Há alguns meses, decidi algo muito empolgante: começar essa Newsletter. Tudo estava indo muito bem! Toda semana, escrevendo para vocês com disciplina, empolgação, constância, consistência… tudo o que um bom protocolo de novos projetos pede. rs
Até que a vida aqui em casa nos tirou do eixo, como comentei na penúltima newsletter.
Esse início de ano exigiu mais atenção à saúde aqui em casa. E, mesmo com as coisas voltando aos poucos ao ritmo conhecido, algumas não retornaram à sua constância.
Duas delas ainda não tão enraizadas na minha vida: a Newsletter e os Exercícios Físicos.
(Quem me conhece há mais tempo sabe que não é de agora que brigo com a constância nos exercícios. rs)
Apesar de saber que foram escolhas minhas e que fazem sentido para o que quero para minha vida, por que a constância e disciplina estão tão difíceis de serem mantidas?
E é aqui que entra a nossa conversa de hoje.
Pegue seu café, chá, vinho, ou o que quiser beber… e bora papear! rs
A Congruência
Nosso cérebro sempre buscará congruência entre nossos pensamentos, sentimentos e atitudes.
Pense o seguinte: se você estiver triste, naturalmente seu corpo se encolhe, sua cabeça baixa, fala mais baixo. Muitas pessoas até se sentam no chão, em posição fetal, buscando acolhimento. Mãos no rosto também são comuns em momento de tristeza.

Agora, pense em uma pessoa feliz. Passamos agora pelo feriado de carnaval, pessoas pulando, dançando, com os braços levantados, sorrindo, em uma postura aberta.
Cabeça e peitoral inclinados para cima são comuns em momentos de alegria.
Nosso corpo acompanha as nossas emoções.
Inclusive, a postura da imagem acima, com os braços atrás da cabeça, é conhecida como a "postura do descanso". Uma das posturas de autorregulação emocional, de acordo com a neurociência.
Faça o teste: coloque as mãos no pescoço, como se estivesse deitado em uma rede, com os braços atrás da cabeça, e tente pensar em algo ruim.
Você não consegue!
Você vai perceber seu corpo relaxando e seus pensamentos se acalmando.
Isso chama-se Congruência.
Nosso corpo busca congruência entre nossos pensamentos, sentimentos e ações. E da mesma forma que nossas emoções influenciam o corpo, nosso corpo também pode (e vai!) influenciar nossas emoções.
Esse é um tema riquíssimo, e a conversa poderia ir longe.
Quando precisamos de energia e confiança, por exemplo, seja para entrar em um palco ou participar de uma reunião importante, utilizar de uma postura poderosa é fundamental.
Experimente fazer a “pose do super-herói” por alguns segundos: braços na cintura, olhar para cima, peito aberto. Isso ativa em nosso corpo uma sensação de confiança e energia.

Imagem do seriado Grey’s Anatomy
Eu aprendi isso assistindo um seriado mega científico, chamado “Grey's Anatomy”. kkk
Brincadeiras à parte, no seriado, os médicos antes de entrarem em uma cirurgia param por alguns minutos para fazerem a “Postura do Super-Herói”.
E isso tem explicação científica! A postura aumenta a testosterona (que estimula a ação) e diminui o cortisol (o hormônio do estresse), fazendo você se sentir mais poderoso(a) para enfrentar desafios.
E não sou só eu que falo disso, tem um TED Talks da Amy Cuddy que explica essa relação de forma muito simples. Vale muito a pena: assista aqui!
Em uma das partes do vídeo ela diz: “Faça até se tornar”.
O que me faz lembrar de um rapaz, português, que assisti uma palestra uma vez uns bons anos atrás, em 2017, (infelizmente não me lembro mais o nome dele) mas uma frase dele me marcou:
Aja como um vencedor, ande como um vencedor, fale como um vencedor, pense como um vencedor, e naturalmente você se tornará um vencedor.
Isso é a congruência que nosso cérebro vai buscar.
Mas o que isso tem a ver com constância e disciplina?
Vamos lá!
Se Abra para a Vida

Postura de braços abertos, é um exercício para nos abrirmos para a vida, para que a vida flua em nós e através de nós. Deveríamos fazer intencionalmente constantemente, dia a dia.
Agora que você entende a congruência entre o pensar, sentir e agir, e como nossas posturas corporais e comportamentais podem impactar nossa vida, vamos aos resultados (ou não resultados) de nossas ações.
Eu contei para vocês que, quando comecei o projeto da Newsletter, estava fluindo bem. Mas, de repente, uma pausa. E o desafio de voltar.
Por algumas semanas, eu disse: “Vou voltar!” E não voltava.
“Vou escrever.” E não escrevia.
Aos poucos, comecei a “instalar” em mim o pensamento de que “Está tudo bem falar e não fazer”.
Gosto de brincar com meus clientes dizendo que são aplicativos que vamos instalando ao longo da vida, moldando nosso comportamento.
Logo nas primeiras sessões, costumo explicar isso:
“Se você está aqui, é porque quer resultados, certo?
Os resultados virão das nossas ações.”
E nosso cérebro sempre buscará congruência.
Mas, se eu acredito que está tudo bem falar e não fazer, minhas ações também serão proporcionais a isso.
Mesmo dizendo que estou me comprometendo com o processo, meu comprometimento fica “meia-boca”. Porque, se não der certo, está tudo bem.
Como diz uma amiga minha: começamos a ficar consistentes em nossa inconsistência. rs
A cultura brasileira reforça essa crença de que “Está tudo bem falar e não fazer” de várias maneiras. Sempre que dizemos: “Estou chegando!”, mas não saímos de casa. Ou quando usamos a desculpa de “estou ocupado(a)” para não ir a algum lugar, mesmo quando não estamos.
Isso gera incongruência com a palavra. Nosso cérebro fica confuso se pode ou não confiar em nossa própria palavra.
Lembro de uma memória da minha infância que exemplifica bem isso: quando meu pai me pediu para atender o telefone e dizer que ele não estava em casa, mesmo ele estando ali.
Fiquei inconformada e disse:
“Você me diz que não é para mentir, mas agora está dizendo que eu devo mentir. Isso me confunde!”
É exatamente isso que fazemos com nosso cérebro. Nos confundimos.
Retome a Rota
Hoje me peguei em mais um desses movimentos, confundindo a minha própria mente dizendo: “Está tudo bem, só mais essa semana a gente pula”.
De repente percebi que isso já aconteceu algumas outras semanas, e despertei!
Esse não é um comportamento congruente com o resultado que espero, que decidi pra mim.
Percebi que estava saindo da minha rota, e relembrei meu destino: uma Newsletter toda semana.
Perguntei então pra mim mesma: fazer, ou não fazer, pular a News por mais uma semana? Isso me leva mais perto ou mais longe do que quero para minha vida?
E aqui então vão os passos que eu segui para retomar o caminho:
1. Qual o resultado que desejo?
Na vida, não é sobre o que queremos, mas o que fazemos em direção ao que queremos.
Tem uma frase do Elton Euler que eu gosto muito que diz: Não é sobre o que você está passando, é sobre o que você está tentando.
Todos nós vamos passar desafios no meio do caminho. Vamos cair, levantar, acertar, errar… Mas, para qual direção você está caminhando? Os seus passos estão te levando em direção ao destino final que deseja?
Se não estiverem, é simples, basta mudar os passos no caminho.
Imagine uma estrada. Você está indo de São Paulo em direção à Bahia.
Tiveram imprevistos e problemas no caminho, precisou desviar a rota. Mas se deseja voltar a caminhar em direção à Bahia, o que você faz?
Volta pra rota! Certo?
Exatamente. Foi o que eu fiz.
Então lembre-se: se você se desviar da rota, o simples passo é voltar para ela!
2. Decisões. Elas traçam seu caminho.
Sempre pergunte:
“O que estou fazendo me leva mais perto ou mais longe da vida que desejo?”
Em muitos momentos vamos precisar decidir coisas. A todo tempo. O dia todo.
E a vida exige uma sabedoria e responsabilidade sobre nossas decisões e ações.
Continuando em nossa estrada de São Paulo pra Bahia.
No caminho decidimos parar rapidamente para apreciar uma cachoeira, por exemplo.
Isso é bom ou ruim?
A princípio bom, certo?
Mas e se eu te disse que tem alguém no carro doente passando mal, precisando ir pro hospital?
O cenário muda de figura.
Nossas decisões precisam considerar o contexto, prós e contras para definirmos pausas ou não.
Mas, supondo que você pausou, aproveitou a vista da cachoeira… você pode escolher, ficar lá, voltar para onde veio, seguir caminho para onde estava indo, ou mudar a rota.
Percebe que tudo parte da sua decisão?
Relembre o que você quer. O que escolhe para sua vida.
E aja em congruência com essa decisão.
Entendendo que você é dono de si.
3. Tome sua vida em suas mãos.
Autoresponsabilidade muda a vida.
Assume sua vida, tome ela pelas mãos (aliás tem um livro que eu amo que chama “Tomando a vida pelas próprias mãos”. leitura difícil, já aviso. rs)
Foi o que fiz.
E se eu quero parar de confundir meu cérebro, lembra? Vou dizer pra mim mesma. “Eu me propus a fazer isso, e, o que eu falo eu faço!”
Honre a sua palavra pra você mesmo(a).
Decidiu que sim? É sim.
Decidiu que não? É não.
Tome decisões e vá em direção à elas.
Fiz então as posturas de abertura pra vida, de super herói, fui tomar sol no rosto, resgatei minha potência e minhas decisões e sentei aqui pra escrever!
E assim que sugiro que olhe para seus desafios e projetos: Você é maior que qualquer um deles.
E Quando a Motivação Não Vem?
E quando a motivação não vem junto da decisão?
Uma cliente minha chegou esses dias dizendo: “Fê, tomei uma decisão, vou abrir um negócio, mas ao mesmo tempo estou com um desafio em me motivar para agir em direção à isso.”
Em um nível mais básico e superficial: Relembrarmos que Motivação é o Motivo para Ação.
Fomos investigar então o que a motivou a dar seu passo de decisão lá atrás.
Estrutura financeira para a família.
O que a conecta de novo com a Causa, Por quê e Para que’ fazer o que está fazendo.
Nível 1: Check. Revisitamos.
Ainda assim algo a incomodava na decisão. E então percebi que tinha algo além.
Está mesmo decidida a dar esse passo?
Ao investigar percebemos que o que havia travado lá atrás tinha relação com o sócio. Cenas que mostravam que ela perdia a liberdade em criar, e o Ser dela que é extremamente criativo diz: “Aqui não. Aqui não conseguirei ser eu!”
Percebe a importância de nos conhecermos e entendermos o que está se passando em nosso subconsciente?
Toda vez que de alguma forma você acreditar que algo não será bom pra você de alguma forma, sua mente buscará a congruência de dizer: Por aí, não.
Podemos seguir ignorando e trazendo pesos para nosso dia a dia.
Ou olharmos a fundo o que nos incomoda para tirarmos os ‘nós’ que nos amarram.
Pense:
O que eu desejo de verdade pra minha vida?
Como gostaria que fosse meu futuro?
Isso vibra meu coração?
Se sim, vamos. Se não, o que podemos fazer para voltar a vibrar?
No caso da minha cliente, montamos diferentes cenários para ela conseguir avaliar a decisão.
Cenário A, abrindo o negócio.
Cenário B, buscando um outro emprego em outra área.
Prós e contras. Para aí sim, com os cenários em mãos ela poder tomar uma decisão consciente, uma escolha por si própria do que realmente quer pra si. Sabendo que em ambos os cenários existem prós e contras, e como vamos reduzir os ruídos para ser o mais fluído e leve possível.
Lembrando, que nada é imutável na vida.
Muitas vezes temos medo de dar certos passos e decisões como se elas fossem fixas e para “todo o sempre”.
Podemos fazer uma news (ou mais) somente sobre Decisões.
Mas uma coisa é fato, somos criadores da nossa realidade. E assim como a gente pode escolher hoje, também podemos escolher amanhã.
Somos criadores da nossa realidade.
Como um GPS, sem um destino não tem como traçar uma rota. Mas você pode mudar o destino quantas vezes desejar.
Caminhe, você sentirá ao longo da jornada se quer pegar novas estradas, e está tudo bem caso isso aconteça.
Gostou dessa edição?
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É sempre ótimo ouvir vocês. Dúvidas e sugestões também são bem vindas!
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